segunda-feira, 6 de junho de 2011

Os Cafés de Paris

Dizem os pesquisadores que o café tem origem na África, mais especificamente na Etiópia.
Dizem também que a primeira cafeteria foi aberta em Istambul (Constantinopla) em 1475.
Mas inegavelmente foram os franceses que deram às cafeterias (ou simplesmente cagés) a fama e o charme que têm até hoje. Nada é mais parisiense que sentar-se a mesa de um café para uma refeição rápida, tomar uma taça de vinho com amigos, ler um livro ou um jornal... ou simplesmente saborear uma boa xícara de café.
Voltaire, Rousseau e Diderot eram alguns dos intelectuais que frequentavam o café Le Procope, fundado em 1686 em Paris, conhecido como berço do Iluminismo Francês.
O também parisiense Café Zimmer tinha entre seus frequentadores Proust e Èmile Zola.
Já Marguerite Duras teria escrito boa parte de suas obras em uma das mesas do Café de Flore, talvez o mais famoso dos cafés parisienses. O poeta Guillaume Apollinaire fez do Flore seu escritório. Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir fizeram dele uma extensão de sua casa e lá recebiam seus amigos.
E foi nesse café que André Breton, Philipe Soupault e Louis Aragon se conheceram e formaram o núcleo do movimento Dadaista e onede, posteriormente, seus dissidententes formaram o núcleo do Surrealismo.
George Bataille, Michel Leiris, Albert Camus, Pablo Picasso, Alberto Giacometti, Jean Vilar, Marcel Carné e Jacques Prévert também eram assíduos frequentadores do Flore. A atriz Simone Signoret, em suas memórias, disse: "Nasci, numa noite de 1941, num banquinho do Café de Flore."
O café, enquanto bebida de características estimulantes, talvez seja a ligação entre os cafés e a intelecutalidade. Mas com certeza o charme e o aconchego dos cafés são o ponto em comum entre pessoas de bom gosto e que sabem apreciar as coisas boas da vida. Seja em Paris ou em qualquer parte do mundo.

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